
| Jogo de Mãos | Nora Roberts – Opinião Literária
Jogo de Mãos, escrito pela autora norte-americana Nora Roberts, foi a minha primeira leitura do mês de Agosto. Esta é uma das minha autoras favoritas e certamente dispensa apresentações.
Sobre o livro:
- Titulo original: Honest Illusions
- Ano da primeira edição: 1992
- Título em português: Jogo de Mãos
- Ano de edição: 2008
- Editora: Edições Chá das Cinco Lda.
- Número de páginas: 432
Sinopse
Max Nouvelle é o patriarca de uma ilustre família de ilusionistas e ladrões de jóias, constituída por Lily – a sua companheira; Roxanne – a sua filha, tão linda quanto casmurra; e Luke – um rapaz que Max recolheu das ruas e que entretanto se transformou num homem muito interessante. No palco fazem números elaborados e, fora dele, assaltos ainda mais refinados. Durante muitos anos Roxanne e Luke deram-se como cão e gato mas agora, já adultos, descobrem que há entre eles algo que não esperavam. Mas é então que Luke, receoso que o seu passado manche a sua família adoptiva, é vítima de alguém que quer vingar-se dos Nouvelle. E vão ser precisos alguns anos em fuga antes que ele volte e, juntamente com Roxanne, dê o golpe mais audacioso das suas vidas.Com Jogo de Mãos, Nora Roberts revela-nos um mundo glamoroso onde a paixão e o mistério se entrelaçam e nada parece o que é.
Texto disponível no site da editora Saída de Emergência.
A história
Jogo de Mãos é um livro que nos conta a história da família Nouvelle e de Luke Callahan. Max, Lily e Roxanne são uma família de ilusionistas e ladrões de jóias. Luke é um pequeno rapazinho sem eira nem beira que finalmente encontra um lugar onde se encaixa.
Os seus caminhos cruzam-se quando Luke, depois de fugir de casa, decide gastar um dólar para assistir ao espetáculo. Aos doze anos, o pequeno rapaz fugiu aos maus tratos e abusos da mãe e do padrasto e desde então roubava carteiras para comer. Com o objetivo de “provar que o mágico não era grande coisa”, comprou um bilhete e foi assistir ao show. Esperava amealhar mais alguns trocados, mas não estava preparado para não conseguir tirar os olhos do grande mágico.
Max conseguiu perceber o olhar atento do pequeno rapazinho na plateia, assim como percebeu o que ele andava a fazer enquanto o seu público tinha os olhos fixos no palco. Chamou-o para o ajudar num truque e depois disse-lhe que fosse encontrá-lo no final da apresentação.
Depois de o alimentar e perceber que ele não tinha mais nenhum lugar para onde ir, oferece-lhe um emprego como ajudante na sua feira e um lugar na sua família. De um momento para o outro, Luke ganha um local seguro onde estar e uma família para amar.
O livro está dividido em três partes que nos permitem acompanhar os personagens principais desde a sua infância, passando pela adolescência até atingir a idade adulta.
Opinião
Tal como já referi numa outra publicação, Nora Roberts é uma das minhas escritoras favoritas, porque nunca me desilude quando estou com vontade de ler algo leve e este livro não foi diferente. Gostei muito de todo o enredo criado à volta do ilusionismo e da magia. No que diz respeito à sua “atividade paralela” achei imensa piada ao sentido ético deles, enquanto ladrões. Tinham sempre a preocupação de roubar peças cobertas pelo seguro e pessoas que “não precisavam” daquilo que eles roubavam.
Ao longo da história, está sempre presente a força dos laços familiares e o amor sentido entre os personagens e isso é transmitido ao leitor. O livro deixa bem explicito que, para os personagens, família não se limita aos laços de sangue.
Este foi um livro que me prendeu do início ao fim, de fácil leitura e muito suave. Conseguir acompanhar a relação do Luke e da Roxanne foi um dos aspectos que mais me agradou. Nem sempre conseguimos seguir os personagens desde crianças até que ficaram adultos e este livros permite-nos isso. O leitor é capaz de visualizar toda a trama desde o ponto em que só sabiam implicar um com o outro até ao momento em que viram um casal apaixonado.
Aconselho a qualquer pessoa que esteja com vontade de ler um livro apenas para libertar a mente e descontrair.
— Filipa Marques
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