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Rastreio Oral

Todos os dias somos bombardeados com informações novas, novos números de doentes e de sobreviventes e a verdade é que esta realidade assusta a grande maioria da população. O cancro é uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e estar informado é uma forma de se proteger. Nos casos em que é possível, saber como fazer um auto-exame é uma das melhores formas de prevenção, uma vez que um dos fatores que influenciam o sucesso no tratamento da doença é a rapidez com que se obtém um diagnóstico.

O cancro oral é um tipo de cancro que engloba os tumores malignos que surgem nos lábios, nas gengivas, na língua, no pavimento da boca, no palato duro, no palato mole e na orofaringe (garganta).

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento desta doença são o consumo de álcool e o tabagismo e é mais frequente nos homens com idade superior a 45 anos. Inicialmente as lesões surgem sem qualquer indicio ou sintoma da sua existência e levam muito tempo a curar, tornando-se dolorosa apenas quando já se encontra numa fase muito evoluída da doença.

Este tipo de cancro é o sexto mais comum em todo o mundo e a quinta causa de morte por doença oncológica. Estes são números preocupantes, mas podem melhorar. Sabendo que quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores as probabilidades de sucesso no tratamento, torna-se imprescindível que cada pessoa saiba como fazer um auto-exame oral.

À semelhança do que acontece com o cancro da mama, também no cancro oral o auto-exame é essencial para a deteção precoce de lesões potencialmente malignas. É um exame que todos conseguem fazer e tudo o que é preciso é um espelho e um local bem iluminado.

O primeiro passo é saber o que avaliar e onde procurar as lesões.

O que devemos procurar?

  • Feridas que não cicatrizam;
  • Manchas que não desaparecem;
  • Alterações de cor (principalmente manchas brancas e vermelhas);
  • Aftas prolongadas;
  • Nódulos ou inchaços;
  • Dificuldade em engolir, mastigar ou falar.

Onde devemos observar?

  • Lábios – Observar e apalpar os lábios exterior e interiormente.
    • Para examinar a parte interior deve puxar ligeiramente o lábio de forma a conseguir uma visão sem interferências da zona a observar.
  • Palato – Vulgarmente conhecido como “céu da boca”. Está dividido em duas partes: o palato duro (zona mais anterior e dura do céu da boca) e o palato mole (zona mais posterior e mole do céu da boca)
  • Língua – Estender a língua para fora da boca e observar, apalpar e procurar alterações em toda a sua extensão, não esquecendo os seus bordos laterais.
  • Pavimento da boca – Esta parte do auto-exame caracteriza-se pela avaliação de todas as estruturas que se encontram debaixo da língua. Deve levantar a língua, direcionando-a para o palato, ficando assim com a superfície que normalmente está sob ela visível para ser analisada.
  • Bochechas – Com um dedo, puxe suavemente a bochecha e examine a parte interior de ambos os lados.
  • Gengiva – Examinar toda a gengiva em busca de alterações na forma e na cor.

Os locais onde se encontram mais frequentemente lesões malignas são: pavimento da boca, bordo lateral da língua e no palato mole.

Adotar um estilo de vida mais saudável, cessar o consumo de tabaco, diminuir o consumo de álcool, consumir regularmente vegetais frescos e frutas e visitar regularmente o consultório médico-dentário são apenas alguns dos conselhos para ajudar a prevenir o cancro oral.

Este auto-exame deve ser feito regularmente. Sempre que tenha alguma dúvida ou que encontre algo que suspeito deve consultar o seu médico dentista.

Deixo-vos um video da autoria do meu colega Dr. André Brandão de Almeida e disponível na sua página, onde podem ver como fazer o rastreio. Aqui

Beijinhos!!

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